Ah..., que pena!

Leio no jornal de hoje que o segundo CD mais vendido no Brasil, em 2006, é Jovem Brasilidade, do saxofonista Caio Mesquita, de 16 anos. Além da performance prodigiosa, vejo dois fatos interessantes ali, pelo menos assim por alto, na avaliação de uma única matéria.
Caio é o primeiro representante da musica instrumental a aparecer na lista desde que a ABPD começou a divulgá-la, em 2000. E, apesar de ter vendido quase 300 mil cópias, não figura no ranking das músicas mais tocadas nas rádios.
Caio conta na entrevista que foi descoberto pelo Programa Raul Gil, de forte alcance popular, o que explica sua colocação na lista dos mais vendidos. Mas o detalhe bizarro aparece quando ele diz que agora as coisas vão melhorar porque vai participar de um CD de um “ator da Globo”: – Aí , sim, devo ir para o Faustão.
Quer dizer que um jovem e promissor instrumentista, no país da melhor música popular do mundo, que estuda saxofone desde os 5 anos, tem que se submeter a um esquema duvidoso pra conseguir seu lugar ao sol? Que pena!

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