A Luz de Santa Teresa

Os jornais chegaram no fim de semana com inúmeras sugestões de programa para o dia dos namorados. Como foi difícil escolher apenas um, assim, na lata, resolvemos fazer reservas em quatro restaurantes para decidir no dia em qual iríamos jantar. O critério de seleção foi a pedida mais interessante, alguma coisa fora do lugar comum. Queríamos um programa que desse certo, é claro. Mas que não fosse careta demais. Já chega ter que enfrentar o dia dos namorados com a obrigatoriedade de comemorar, achar presente, escrever cartão, ficar bonita (o) para o outro e ainda acertar na programação. É um misto de angústia e ansiedade pra namorado nenhum botar defeito.
Chegou o dia de ontem e nos decidimos pelo Espírito Santa, por vários motivos. Dentre eles, porque sou de Santa Teresa. Não moro mais lá, porém, não paro de gostar daquele bairro. Assim que estacionamos o carro (com facilidade) no Largo dos Guimarães, fomos dar uma voltinha a pé para fazer hora. Fomos ao armazém da D. Lurdes cumprimentá-la. Que saudades! Abraços, beijos e lágrimas portuguesas com certeza.
Voltamos curtindo o silêncio, o bonde, os casais entrelaçados, o cheiro fresco da noite e a luz de Santa Teresa. Ah, a luz de Santa... sempre luz de domingo, faça chuva ou faça sol, faça frio ou calor, de noite e de dia também.
Mas o melhor foi o jantar. Eu não conhecia o restaurante, mas sabia que teria uma varanda reservada para nós. E o anúncio prometia cobertores se o frio apertasse. Quer coisa melhor? Pois teve um menu degustação do dia dos namorados como só um restaurante em Santa Teresa pode oferecer. Pra começar, um belo drinque de vodca com as frutas mais exóticas do Brasil. Uma entrada de frutos do mar com ostra e tudo o mais e duas escolhas gostosas de prato principal. A sobremesa era digna da mais pura larica. E de saideira, numa cuia cheia de gelo, para dois, um drinque chamado Viagra da Região: ... catuaba, guaraná em pó, ginseng, suco de cupuaçu, água de coco, cachaça e “nó de cachorro”. Meu Deus, o que pode ser “nó de cachorro”?, seria um foguete, uma bala de revolver, um disco voador, um super vegetal? Saímos de lá sem saber. Vai que a gente pergunta e o garçom responde que nó de cachorro é nó de cachorro mesmo.

Um comentário:

Bruno e Monica vão se casar disse...

Esse é um dos meus restaurantes preferios ! Podímos ombinar de jantar lá, Leila !Bjs